Boa semana a todos!
Vem aí a 2ª BICICLETADA DF em 2008!
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VEJA AS FOTOS DO EVENTO DO DIA 29 de MARÇO:
BICICLETAD |
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O que é a BICICLETADA?
A Bicicletada é um movimento no Brasil e em Portugal inspirado na Massa Crítica, onde ciclistas se juntam para reinvidicar seu espaço nas ruas.
Os principais objetivos da Bicicletada são: divulgar a bicicleta como um meio de transporte, criar condições favoráveis para o uso deste veículo e tornar mais ecologicamente corretos e sustentáveis os sistemas de transporte de pessoas, principalmente no meio urbano.
O maior mote da Bicicletada é "um carro a menos", usado principalmente para tentar obter um maior respeito dos veículos motorizados que trafegam nas ruas saturadas das grandes cidades.
Exemplo de Ciclovia em via compartilhada
Olá!
Segue matéria publicada sobre os congestionamentos na capital paulista.
Lá, a cidade já parou. Aqui, na capital federal, não levará muitos anos para chegarmos a essa situação.
O aumento da frota de automóveis, a péssima qualidade do transporte público e a falta de incentivos às formas alternativas de transporte contribuem para o caos brasiliense.
Com a minha magrela, já chego mais rápido aos lugares do que os amigos com automóvel. Em horário de pico, é até vergonhoso desafiar a turma motorizada.
Abraço,
Uirá
Lentidão no tráfego piora na parte da manhã, mas melhora à tarde
São Paulo já tem 6 milhões de veículos; CET vem registrando recordes diários de congestionamentos
Camilla Rigi, Rodrigo Brancatelli, Rodrigo Pereira e Lais Cattassini
O Estadão
Andar de carro, moto ou caminhão em São Paulo no período da manhã está mais difícil. De 2006 para 2007, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) constatou que a velocidade média nas ruas caiu de 29 quilômetros por hora para 27 km/h. Ontem, às 9 horas, a CET registrou 149 quilômetros de lentidão em toda a cidade. O índice foi o maior já registrado no período da manhã neste ano, batendo o recorde de sexta-feira, de 146 km de congestionamento às 9h30. No segundo semestre de 2007, a média de engarrafamento pela manhã era de 94 km e à tarde, de 146 km.
"Que a velocidade está caindo todos sentimos no bolso, com o tempo que perdemos e os gastos com manutenção", afirma o consultor em trânsito Luiz Bottura. Ainda segundo a comparação da CET de 2006 e 2007, no período da tarde a situação melhorou um pouco - o motorista que trafegava a uma velocidade média de 20 km/h passou a circular a 22 km/h.
A situação, porém, se complica com o crescimento da frota a cada dia. Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), fevereiro começou com 5.989.234 veículos licenciados na cidade, equivalente à frota de toda a Argentina. Desse total, segundo estimativas da Prefeitura e da Agência Nacional de Transportes Públicos (ANTP), 4,5 milhões de veículos rodam por São Paulo - os outros estão parados ou quebrados.Essa quantidade de carros não cabe ao mesmo tempo nos 17,2 mil km de vias da capital. O resultado são filas de carros e recordes de trânsito.
Segundo o ex-secretário municipal de Transportes, Adriano Branco, com a frota de automóveis cada vez maior, a tendência é que a velocidade evolua na proporção contrária, inclusive pela manhã. Branco, no entanto, questiona a medição da CET que aponta a redução do tempo gasto no trânsito no período da tarde, historicamente o que registra os maiores picos de congestionamento.
Há quase meio veículo por paulistano - a expansão da frota na última década foi mais de nove vezes maior do que o aumento da população. Nos horários de pico, com os 500 mil caminhões e carros de outras cidades que também passam por São Paulo, os especialistas calculam que são cerca de 4 milhões de motoristas disputando cada centímetro de asfalto. Há 30 anos, eram cerca de 900 mil.
"O pior é não ter perspectivas. Desde 1970, foram anunciados cinco grandes planos de transporte para a cidade, que englobavam uma política pública de verdade para o problema. Mas sabe quantos saíram do papel? Nenhum. Os paulistanos estão deixando de viajar, de ir no cinema, de aproveitar a cidade, tudo por causa dos congestionamentos" , constata o engenheiro Eric Amaral Ferreira, ex-diretor do Institute for Transportation and Development Policy (ITPD), entidade que estuda alternativas ao carro para o transporte no mundo.
Para este ano, a CET tem um orçamento R$ 600 milhões, que devem ser gastos com melhorias na sinalização, modernização dos semáforos, contratação de guinchos e troca de câmeras de monitoramento. "O sistema viário está no limite da saturação, qualquer interferência provoca um reflexo grande. Quanto mais rápido identificarmos um problema e resolvê-lo, menor é o impacto. Com as câmeras é mais rápido ver o problema", diz o diretor de Operações da CET, Adauto Martinez Filho. Das 276 câmeras, 116 funcionam. A licitação para recuperar equipamentos quebrados deve ser aberta até junho.
A CET atende a cerca de 700 ocorrências por dia - pelo menos metade causada por veículos quebrados. O bloqueio de uma faixa na Marginal do Tietê por apenas 15 minutos gera, em média, 3 quilômetros de fila.
"A CET deixou de ser um órgão de engenharia e passou a ser de operação, só para tocar os problemas do dia a dia. E ainda assim toca mal", diz o engenheiro Jaime Waisman, especialista em transporte e professor da Escola Politécnica da USP.
SEM ALTERNATIVA
Acostumados ao trânsito carregado e aos freqüentes congestionamentos, os paulistanos não vislumbram alternativas para minimizar o caos na cidade e adotam várias estratégias para conseguir chegar ao trabalho e cumprir seus compromissos.
Moradora de Perdizes, na zona oeste, Alessandra Martins sabe que se sair às 7 horas de casa não chega às 9 horas ao trabalho, uma financeira em Interlagos, na zona sul. Para driblar os congestionamentos sem abrir mão da atividade física, ela passou a sair às 6 horas de casa e a malhar também em Interlagos. "Se a academia não fosse no caminho, não conseguiria chegar ao trabalho", diz.
GREVE DE ÔNIBUS
Mais de 1.200 funcionários da empresa de ônibus Consórcio Via Sul entraram em greve na tarde de ontem. Eles reivindicam o pagamento de horas extras, que deveria ter sido feito no sábado. Todas as linhas ficaram paralisadas entre 13 e 21 horas. A normalização do serviço está prevista para hoje.
A Via Sul opera na zona sul. Segundo a São Paulo Transportes (SPTrans), a greve afetou mais de 70 mil usuários. Às 16h20, o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) foi acionado para evitar transtornos aos passageiros. Foram 223 ônibus em diferentes linhas.
Fonte: Estadão
Do conceito de cidade jardim, perdurou até os dias de hoje o conceito de cinturão verde (green belt), que é usado atualmente na Inglaterra como política para proteção do campo, prevenção do espalhamento das grandes cidades e proteção de sítios históricos (RTPI, 2004). Faz parte também da política de desenvolvimento sustentável em outros países da Europa (PAULEIT, 2005). No Canadá, surgiu na década de 60 para conter o espalhamento das cidades. Em Ontário, o cinturão verde tornou-se parque nacional (OTAWA, 2006).
Entre os idealizadores do movimento, Owen acreditava que os homens são o que a educação (ou sua falta) faz deles. Suas propostas de economia solidária preconizavam a educação como base para uma sociedade mais justa. Apesar da meta de comunidade cooperativa ter sido abandonada, o cooperativismo continuou a se expandir e existe até hoje em diversas formas de organização (SINGER, 2002).
A Carta de Atenas
No início do século XX, a busca da cidade ideal surge com o movimento moderno, funcionalista, empreendido por Le Corbusier, Gropius e outros seguidores, acreditando que um estilo e uma prática internacionalizados ultrapassariam as fronteiras geográficas e temporais, em busca de uma realidade total para a raça humana.
Ao contrário dos blocos de edificações fechadas, planejados em quadras, típicos do movimento de expansão das cidades européias na segunda metade do século XIX, os novos princípios de organização sugerem grupamentos de edificações abertas. Os quatro princípios que sustentam o funcionamento da cidade são: habitar, trabalhar, cultivar o corpo e o espírito e circular com relação a essas atividades. A zonificação, com sua segregação espacial, se consolida como condição de eficácia funcional da cidade moderna. A nova concepção de cidade é justificada na Carta de Atenas (manifesto urbanístico resultante de Congresso Internacional de Arquitetura Moderna, realizado em Atenas em 1933):
“A cidade não é mais do que uma parte do conjunto econômico, social e político que constitui uma região; o crescimento da cidade devora incontrolavelmente suas periferias verdes, privando os seres vivos de sol, espaço e vegetação; as novas construções em altura deverão situar-se distanciadas entre si, liberando espaços verdes que devem conter construções de uso comunitário ligadas às habitações residenciais; setores industriais devem ser independentes, localizados junto à água, ferrovias e auto-estradas; os centros de negócios deverão se situar na confluência das vias de circulação.” (VALLEJO & TORNER, 2002).
Bibliografia
CHOAY, F. (1965) O urbanismo: utopias e realidades, uma antologia. Tradução de Dafne Nascimento Rodriguez. 5ª edição, 2003. São Paulo, Perspectiva.
ILLICH, I. (1973) Energia e Eqüidade. In: Apocalipse motorizado. A tirania do automóvel em um planeta poluído. Ned Ludd. São Paulo, Conrad Editora do Brasil, (2004), pp. 33- 71.
OTTAWA (2006) National Capital Green belt. Disponilvel em:
PAULEIT, S. (2005) Greenstructure planning, introduction. Chapter 3. Disponível em:
RTPI (2004a) The Royal Town Planning Institute. Disponível em:
SINGER, P. (2002) Introdução à Economia Solidária. São Paulo, Editora Perseu Abramo.
VALLEJO, M. & TORNER, F. (2002) La ingeniería en la evolución de la urbanística. Barcelona, Ed. Universidade Politécnica da Catalunha.
*LOURDES ZUNINO ROSA
Mestre em Arquitetura pela FAU/UFRJ (1992), Doutora em Engenharia de Transportes pela COPPE/UFRJ (2007).
Autora de livros sobre conforto ambiental, acústica arquitetônica e material didático sobre eficiência energética em edificações, sistemas de construção não convencionais, urbanismo e mobilidade sustentável para os cursos que ministra em faculdades e instituições.
Diretora da Oficina Conforto Ambiental Consultoria e Projetos Ltda.
Atualmente procura aplicar nos projetos comerciais que realisa, conceitos de sua tese - Parque da Mobilidade Sustentável: propostas para expansões urbanas, centro de bairro ou módulo mínimo, projeto e gestão com foco na mobilidade e desenvolvimento sustentável.
Contato: luzunino@oi.com.br
Fonte: www.pikidatrilha.blogspot.com
Brasília é a capital da República Federativa do Brasil, localizada no território do Distrito Federal.
Também conhecida como "Capital da Esperança", título dado pelo escritor francês André Malraux, foi inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, sendo a terceira capital do Brasil. A partir desta data iniciou-se a transferência dos principais órgãos da administração federal para a nova capital com a mudança das sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais. No último censo realizado pelo IBGE (2007) foi indicada uma população de 2.455.903 de habitantes, e que a capital federal tem o maior PIB per capita do Brasil (22.430,14 reais) Seguida de São Caetano do Sul com 20.050,81 reais de PIB per Capita. Está situada na Região Centro-Oeste.
O plano urbanístico da capital, conhecido como "Plano Piloto", foi feito pelo urbanista Lucio Costa, que também concebeu o Lago Paranoá, o qual armazena 600 milhões de metros cúbicos de água. Muitas das construções da Capital Federal foram projetadas pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer.
Segundo o geógrafo Aldo Paviani, Brasília é constituída por toda a área urbana do Distrito Federal, e não apenas a parte tombada pela UNESCO ou a região central, pois a cidade é polinucleada[1], constituída por várias regiões administrativas, de modo que as regiões perífericas, estão articuladas às centrais, especialmente na questão do emprego, e não podem ser entendidas como cidades autônomas.
Essa posição acadêmica é sustentada juridicamente pela Constituição Federal de 1988, que no artigo 32 define o Distrito Federal como uno, e proíbe expressamente que seja dividido em municípios. Como Brasília não pertence a nenhuma Unidade da Federação (Estados), ela tem seus próprios limites territoriais definidos por seu distrito que pertence a união, de âmbito federal: Distrito Federal. Existe uma discussão para mudar o nome da R.A I' ou seja: Região Administrativa de Brasília para Região Administrativa do Plano Piloto, para assim reconhecer a cidade de Brasília como o conjunto urbano do Distrito Federal (já que seus limites terminam nele) e o Plano Piloto seria o centro da capital federal.
Desde a primeira constituição republicana, de 1891, constava um dispositivo que previa a mudança da Capital Federal do Rio de Janeiro para o interior do país, determinando como "pertencente à União, no Planalto Central da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada, para nela estabelecer-se a futura Capital Federal"[5].
No ano de 1891 foi nomeada a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, liderada pelo astrônomo Luís Cruls e integrada por médicos, geólogos e botânicos, que fizeram um levantamento sobre topografia, o clima, a geologia, a flora, a fauna e os recursos materiais da região do Planalto Central. A área ficou conhecida como Quadrilátero Cruls e foi apresentada em 1894 ao Governo Republicano.
Planejada para ter uma população de 600 mil habitantes no ano 2000, já em 1996 era a quinta capital mais populosa do Brasil, com mais de 1,8 milhão de habitantes.
1) Segurança Nacional: acreditava-se que com a capital no litoral, ela estava vunerável a ataques estrangeiros. Esse argumento militar-estratégico teve como precursor Hipólito José da Costa e influenciou os primeiros republicanos, como também os militares após a 2ª Guerra Mundial. Acreditavam que com a capital no interior a ameaça de invasão seria pouco significativa.
2) Interiorização do Povoamento e do Desenvolvimento e Integração Nacional: Devido a fatores econômicos e históricos a população brasileira concentrou-se na faixa litorânea, ficando o interior do país pouco povoado e economicamente esquecido. Assim a transferência da capital para o interior forçaria o deslocamento de um contigente populacional e a abertura de rodovias, ligando a capital às diversas regiões do país, o que levaria a uma maior integração econômica. Vale ressaltar que, atualmente, mesmo com a transferência da capital, as regiões Norte e Centro-Oeste continuam pouco povoadas se copmparadas às demais regiões. Já no que se refere ao aspecto econômico, a construção da capital e a abertura de estradas possibilitaram a expansão da "fronteira agrícola" para o Centro-Oeste, destacando-se a cultivo de soja para exportação e o maior desenvolvimento da pecuária extensiva de corte.
3) Símbolo do Brasil Novo: No governo JK (1956-60), o Brasil passa por rápidas transformações. O Plano de Metas abre a economia ao capital estrangeiro e a entrada em larga escala de empresas multinacionais faz com que o país passe pela "modernização", ou seja, deixava de ser rural e foi se tornando predominantemente urbano-industrial. A construção da nova capital (com base na concepção arquitetônica e urbanistica moderna) deveria funcionar como exemplo a ser seguido pelas demais cidades brasileiras.
4) Afastar os governantes (a capital) da concentração de atividades e das pressões populares: O Rio de Janeiro, como centro tradicional do país de atividades (portos, indústrias, comércio, etc) e forte pressão demográfica; sendo assim o governo ficava sujeito às pressões populares, que se manifestavam sob a forma de passeatas.
O clima é tropical de altitude, com um verão úmido e chuvoso e um inverno seco e frio. A temperatura média anual é de cerca de 19,8°C, podendo chegar aos 29,7°C de média das máximas em setembro, e aos 12,5°C de média das mínimas nas madrugadas de inverno em julho. A mínima absoluta histórica foi de 1,6°C em 1975 (fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) sendo acompanhada de uma geada. A máxima absoluta histórica foi de 34,5°C no ano de 1964 (Fonte: Inmet). A temperatura, porém, varia de forma significativa nas áreas menos urbanizadas, onde a média das mínimas de inverno cai para cerca de 10°C a 5ºC. A umidade relativa do ar é de aproximadamente 70%, podendo chegar aos 20% ou menos no inverno.
Segundo a geógrafa Nelba Azevedo Penna do Departamento de Geografia da Universidade de Brasília,“em conseqüência dos processos de ordenamento de seu território, ocorreu uma intensa expansão da urbanização para a periferia limítrofe ao Distrito Federal, que deu origem a formação da região metropolitana de Brasília – o chamado Entorno (atualmente institucionalizado como Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno - RIDE)”.
Além de ser centro político, Brasília é um importante centro econômico. A cidade é a 3ª mais rica do Brasil, exibindo um Produto Interno Bruto (PIB) de 80,5 bilhões de reais, o que representa 3,75 % de todo o PIB brasileiro[6].
Brasília é classificada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Recebe um milhão de visitantes por ano[7] e entre suas atrações mais visitadas estão o Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo brasileiro, a Praça dos Três Poderes, a Catedral, o Catetinho, a Torre de TV, o Memorial JK, o Panteão da Pátria, o Teatro Nacional Cláudio Santoro e o Santuário Dom Bosco. Outra bela obra arquitetônica é a recém-construída ponte Juscelino Kubitschek, premiada internacionalmente, pela beleza de sua arquitetura, já no seu ano de inauguração.
O turismo cívico é valorizado por estarem localizados na capital os órgãos governamentais da administração direta e os representantes dos três poderes republicanos.
Brasília ainda é conhecida por suas comunidades espiritualistas (como o Vale do Amanhecer, a Cidade Eclética e a Cidade da Paz) localizadas nos seus arredores e também por modernistas templos religiosos, como o Templo da Boa Vontade da LBV.
Brasília é importante centro de ecoturismo por estar localizada 1.000 metros acima do nível do mar, no imenso platô do Planalto Central, de onde nascem quase todas as grandes bacias hidrográficas brasileiras[8]. A cidade ainda conta com várias áreas verdes, como o Parque da Cidade Sarah Kubitschek, o Parque Nacional de Brasília, mais conhecido como Água Mineral e o Jardim Botânico.
O turismo histórico na capital federal não se restringe ao período posterior à fundação, mas também resgata locais e fatos anteriores a 1960, como a Estrada Geral do Sertão, com mais de 3.000 quilômetros, aberta em 1736 para ligar a cidade de Salvador (Bahia) a Vila Bela, antiga capital do Mato Grosso[9].
O novo Governo do Distrito Federal (GDF) criou uma empresa estatal para tratar especificamente do desenvolvimento do turismo em Brasília, com potencial para aumentar o tempo de permanência dos visitantes, que em boa parte se dirigem à capital federal a serviço. Além dessa iniciativa, uma série de ações estratégicas têm sido tomadas para divulgar a imagem da cidade no Brasil e no exterior, como a instalação do primeiro vôo direto Brasília-Lisboa, e a preparação para os cinqüenta anos da fundação, em 2010.
Fora do Eixo Monumental, existe ainda o Museu de Arte de Brasília que conta com exposição permanente voltada para a arte moderna e o Museu de Valores do Banco Central.
No Setor de Diversões Norte, em forma de uma grande pirâmide irregular, está localizado o principal teatro da cidade, o Teatro Nacional Cláudio Santoro com três salas - Villa-Lobos, Martins Pena e Alberto Nepomuceno.
Entretanto, é irregular a distribuição dos aparelhos culturais no Distrito Federal, como teatros e salas de cinema, altamente concentrados do Plano Piloto, o que dificulta o acesso da população mais carente, moradora da periferia de Brasília, a gozar livremente desses bens culturais.
Além disso, como a população de Brasília é formada por pessoas vindas de várias regiões do Brasil, isso se reflete no caráter diverso da cultura produzida na capital, abrangendo diferentes manifestações culturais em várias áreas.
No final dos anos 70 predominavam os ritmos regionais como o forró e a música sertaneja; nessa época despontava no grupo Secos e Molhados o cantor Ney Matogrosso, que fora profissional da área de saúde na capital federal. No começo dos anos 80 surgiram várias bandas de rock vindas de Brasília que despontaram no cenário nacional, como Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude, todas com influência punk. Na mesma época, um carioca criado em Minas Gerais, Oswaldo Montenegro, se tornava conhecido na cidade, montando espetáculos de cujo elenco fazia parte Cássia Eller.
Nesta mesma época surgiu, paralelamente ao cenário rock, o reggae de Renato Matos, e outros movimentos culturais que criaram o Projeto Cabeças, de onde surgiram vários artistas de brasília. Na década seguinte, despontaram o hardcore dos Raimundos e o reggae do Natiruts.
Alguns músicos e cantores que moraram em Brasília durante esse período foram Ney Matogrosso, Zélia Duncan e membros dos Paralamas do Sucesso.
Atualmente, Brasília conta com o Festival Porão do Rock que tenta revelar novas bandas no cenário nacional. Este evento, lançado em 1998 na Concha Acústica, a partir de um grupo de músicos que se reunia no subsolo de uma das quadras na Asa Norte, ganhou em 2000 sua primeira versão no estacionamento de Estádio Mané Garrincha onde é realizado desde então. Na música eletrônica, é realizado na cidade o Brasília Music Festival, que já trouxe nomes como DJ Marky, DJ Patife e Alanis Morissette.
Mais recentemente, os clubes de choro de Brasília se tornaram referência nacional, apesar de o gênero já possuir representantes na cidade desde os anos 70.
Brasília é considerada o segundo maior cenário do Hip Hop brasileiro. A região administrativa Ceilândia é conhecida internacionalmente pela sua participação na produção da música Hip Hop com grupos como: Câmbio Negro, Viela 17, Tropa de Elite, entre outros. Nessa área se destacam os rappers GOG, Celsão e DJ Jamaica, o qual tem contratos assinados com gravadoras internacionais. Nessa região está localizada a Casa do Cantador, projetada por Oscar Niemeyer.
Na produção local de cinema, destaca-se o diretor Afonso Brazza[11], que se tornou cult graças a seus filmes policiais de baixo orçamento, tidos como cinema trash, mas com boa aceitação entre os fãs, como Inferno no Gama.
Outro cineasta radicado na capital do país e muito conhecido não só na cidade mas em todo país é o documentarista Vladimir Carvalho, professor de cinema da Universidade de Brasília, que produziu 21 filmes documentários, parte deles sobre a própria história e realidades sócio-cultural e política do Distrito Federal e Goiás.
Além disso, acontece anualmente o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Realizado desde 1965, quando se chamava Semana do Cinema Brasileiro, firmou-se como um dos mais prestigiados do Brasil, sendo comparável ao Festival do Cinema Brasileiro de Gramado, porém sempre preservando a tradição de somente inscrever e premiar filmes brasileiros, princípio que nos momentos mais críticos da história cinematográfica brasileira foi abandonado por Gramado[12].
Alguns filmes brasileiros ambientados em Brasília são: O sonho não acabou, Momento Trágico, Palco dos Sonhos, As Vidas de Maria, Doces Poderes, Redentor, O Casamento de Louise, Celeste e Estrela, Brasília 18%, Vestibular 70, A Concepção, Brasília segundo Feldman, Brasília: contradições de uma cidade nova, Barra 68 e Conterrâneos Velhos de Guerra.
Atores e atrizes como Patrícia Pillar, Maria Paula, Murilo Rosa e Rafaela Mandelli são nascidos na cidade[13].
A atual conjuntura do sistema de transportes do Distrito Federal gera um quadro de pouca mobilidade urbana e um transporte que privilegia o automóvel particular. Isso gera uma tendência de aumento no número de carros a níveis para os quais a cidade não foi projetada. Em abril de 2007 a frota do D.F. chegou a 917.677 veículos [2], correspondente a uma taxa de motorização de 0,374 veículos por habitante, e esta taxa é ainda maior na área central de Brasília (Plano Piloto, Sudoeste, Lago Sul e Norte). Começaram a surgir inúmeros engarrafamentos na cidade e alguns lugares se tornam intransitáveis na hora do rush. Os ônibus transportam pouco mais de 14 milhões de passageiros por mês[14], mas a maior parte da frota já ultrapassou os sete anos limite impostos por lei[15].
Para tentar amenizar esse quadro, foi construído um Metrô, mas devido à sua extensão limitada e ao próprio crescimento da cidade, ele não alterou significativamente o problema de trânsito na cidade e desde o início da sua construção em 1991, gera prejuízos da ordem de 60 milhões de reais anuais ao governo[15]. Das 29 estações planejadas, apenas 14 estão em funcionamento, ligando o centro do Plano Piloto (rodoviária) ao Guará, Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. Está em implantação a integração dos sistemas com bilhetes eletrônicos, criação de corredores especiais para ônibus e integração destes com o metropolitano.
FONTE: Brasília... Em 300 questões. Edições Dédalo, 2002. Consultor editorial: Joaquim Campelo Marques. Pesquisas: Cláudia Gutemberg, Marcelo Araújo, Leocádio Guimarães, Rodrigo Ledo.
Fonte: wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/BrasÃlia